quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

EUTANÁSIA


É a prática pela qual se abrevia a vida de um ser incurável de maneira controlada e assistida por um especialista.
A eutanásia não consiste em dar direitos à pessoa que morre, mas em alterar a lei e a prática de forma a que os médicos, parentes e outros, possam directa e intencionalmente acabar com a vida dessa pessoa.
Um dos principais dos defensores da eutanásia é a de que esta deveria ser considerada "tratamento médico". Aceitando de que a ideia de a eutanásia ser algo de bom, então não só era desapropriado, mas discriminatório negar esse "bem" a uma pessoa, com base na hipótese de a pessoa ser muito nova ou mentalmente incapaz de fazer esse pedido.
É importante perceber que o suicídio de uma pessoa a quem foi diagnosticada uma doença terminal, não é diferente do de uma pessoa que não é considerada doente terminal. O suicídio dos doentes terminais, como o suicídio entre a população em geral, é um acontecimento trágico que mata as vitimas e deixa sobreviventes arrasados.
A eutanásia é aplicada na Holanda desde à muitos anos, entrando em vigor desde 1 de Abril de 2002. Em 1995 o Território do Norte Australiano, aprovou a eutanásia. Essa lei entrou em vigor em 1996, sendo anulada poucos meses depois por decisão do Parlamento Australiano.
O caso de francesa Sébire, professora de 52 anos, sofria de um temor nasal, incurável que alastrava progressivamente para o cérebro e causava sérios danos, como a cegueira e dores fortes. Apelou à "humanidade " da justiça desejando morrer com dignidade. Este pedido foi-lhe recusado, porque o juiz aplicou a legislação francesa sobre cuidados paliativos, desde 2005. Assim o doente poderia optar por permanecer em um coma induzido que pudesse reduzir a sua dor ate ao momento da morte natural. Sébire, acabou por se suicidar, deixando o apelo do debate na sociedade francesa e mundial.
Todas as sociedades que conhecemos aceitam algum principio ou princípios que proíbem que se tire a vida. Mas há grandes variações entre as tradições culturais, sobre quando é considerado errado tirar a vida. Se nos voltarmos para as raízes da nossa tradição Ocidental, verificamos que o tempo dos gregos e dos romanos,práticas como o infanticídio, suicídio e a eutanásia eram largamente aceites. Aqueles que defenderam a admissibilidade moral da eutanásia, apresentaram como principais razões a seu favor a misericórdia, para com pacientes que sofrem de doenças para as quais não há esperança e que provocam grande sofrimento e, no caso da eutanásia voluntária, o respeito pela autonomia.
"Caímos tão fundo que atrever-se a proclamar aquilo que é óbvio, se transformou em dever de todo o ser inteligente"
(Georges Orwell)

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