O paradigma conservador, ou 'pluralista', largamente propagado pelos cientistas sociais dos EUA e Europa, enfatiza as múltiplas vozes, as redes em competição, o mercado de informação e a diversidade de opiniões. Os conservadores defendem que não existe uma todo-poderosa elite dos mass media e que a extensão em que existe é contrabalançada pelos media alternativos, opiniões locais e pela sua própria tolerância a opiniões diversas e concorrentes.
O paradigma liberal descreve os MM como o instrumento chave da dominação pela classe dominante numa democracia liberal. Começando com o registo histórico da concentração da propriedade do mass media nas mãos de um pequeno grupo de corporações interligadas com a área dos negócios e com o Estado, os MM são vistos como um componente essencial do 'sistema de controlo' que perpetua a classe dominante e a construção de impérios pelo seu controlo e doutrinação da opinião pública. A maioria da população é convertida numa massa maleável, induzida na conformidade com os interesses e políticas da classe dominante, assim prevenindo a mudança e perpetuando o domínio pela elite corporativa. Para os liberais o controlo de cima para baixo pelos mass media explica o 'paradoxo' de um império altamente desigual e orientado para a acção militar, no contexto de um sistema político livre e democrático. O principal papel dos académicos é convencer outros académicos a desmascarar os media, a expor as suas fabricações, mentiras e hipocrisias, enfatizando as 'contradições' entre os 'nossos' valores democráticos e as mentiras dos poderosos. A versão mais radical da visão 'liberal' dos mass media atribui o alto grau de consenso entre as elites e as massas nos Estados Unidos à omnipresença e omnisciência dos mass media.
A abordagem marxista aos mass media começa necessariamente com a crítica às perspectivas conservadora e liberal. Contra a crítica conservadores, aponta que 'poder' não é um recurso imaterial desencarnado, mas uma relação em que os proprietários da riqueza e poder podem multiplicar e acumular bens políticos e económicos. A presunção que 'toda a gente' ou todos os grupos podem ter alguma influência esquece-se do facto de que os proprietários dos meios de comunicação estão ligados a outros poderosos grupos económicos, que têm poder sobre bancos, investimentos, trust funds, e estes, por sua vez, influenciam líderes políticos e partidos, controlando legislação, selecção de candidatos, gastos governamentais e agendas dos governos: tudo isto mina as fundações e validade do paradigma pluralista. Em todos os grandes eventos da nossa época, os mass media ecoaram fielmente as linhas políticas do Estado capitalista, justificando a invasão do Iraque, demonizando o Irão e ecoando a linha que o Estado assume em relação ao programa nuclear do Irão, aos bloqueios na Palestina, à invasão do Líbano e ao salvamento da Wall Street. Em todos os grandes eventos, os mass media unificaram-se, desempenhando um papel de liderança na propagação da mensagem da classe dominante entre as massas, com variáveis graus de sucesso.