terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Meios de Comunicação de Massas


Meios de comunicação de massa são os meios ou canais de comunicação usados na transmissão de mensagens a um grande número de receptores. Nas relações sociais de comunicação (dia a dia), os meios de comunicação de massa mais comum são os jornais/as revistas, o rádio, a televisão e, o mais recente, a Internet. As obras de Cinema, de Teatro e de outros tipos de Artes também se tornaram meios de comunicação de massas, mas artísticos.
O jornal foi o primeiro meio de comunicação de massa criado pelo homem: originário dos documentos informativos dos navegadores do século XVI, esse meio originalmente impresso tornou-se com a forma física que hoje-em-dia apresenta em 1836, na França. O actual jornal, também tem a forma falada (imprensa falada), no rádio, e a forma televisiva. Veracidade, imparcialidade, objectividade e credibilidade são as qualidades que garantem o sucesso de um jornal. A base do jornalismo é a notícia, o seu objecto e o seu fim (o resto é secundário). A função principal da linguagem nesse meio de comunicação é a referencial ou informativa. Para que o receptor tenha acesso à mensagem veiculada por esse meio, é preciso que ele saiba ler e escrever.
O rádio ainda é o meio de comunicação mais popular que existe, para ter acesso às mensagens que ele transmite, o receptor não necessita de ler nem escrever: o rádio é um meio de comunicação em que se utiliza a linguagem oral, que todos os ouvintes sabem usar desde que aprenderam a falar. Praticamente quase toda a população de uma localidade possui um aparelho de rádio. Os primeiros inventos que possibilitaram a concretização do rádio como meio de comunicação de massa, datam no século XIX. As primeiras emissoras de rádio norte-americanas iniciaram-se desde 1920 e no Brasil, entre 1922-25, tendo seu clímax nos anos 30. A “voz” do rádio, bem como seus musicais, programas de auditório, o rádio teatro e até os seus comerciais serão posteriormente absorvidos pela televisão.
A televisão surgiu nos anos 40 nos Estados Unidos e, nos anos 50, no Brasil. É um “liqüidificador cultural”, pois é capaz de diluir Cinema, Teatro, Música, Dança, Literatura, etc., num só espectáculo, além de ser um meio de entretenimento. Para Muniz Sodré, este é o meio de comunicação mais poderoso, aquele que mais influencia o receptor, portanto o meio mais persuasivo que existe. É responsável por uma relação social abstracta, passiva e modeladora dos acontecimentos: o receptor recebe a mensagem pronta através de imagens que consome imediatamente, sem que haja tempo de reflectir sobre elas. Estas imagens atingem o inconsciente do receptor, que passa a ter ideias condicionadas recebidas através da TV. É um veículo de comunicação que não exige do receptor em termos de esforços e de conhecimentos: não é preciso saber ler e escrever, basta manusear um botão (o que não requer prática nem habilidade) para ter acesso à programação, que também não é da escolha do receptor, mas uma programação imposta pelas emissoras. Dessa forma, a Televisão é o mais eficiente “balcão” de anúncios dos produtos nacionais e estrangeiros que, devido à força persuasiva desse meio, são consumidos desesperadamente pelos telespectadores, até mesmo os produtos que não tenham qualquer utilidade.

O Cinema, um meio de comunicação de massa é elaborado, à um grande publico anónimo e sem organização forte, sendo exemplo importante da "Indústria Cultural", envolvendo investimentos monetários altíssimos tanto em marketing quanto em exibição.
A principal questão que envolve o cinema é se podemos considerar arte a estética produzida por esse meio de comunicação. As divergências marcam o assunto, pois se o considerarmos arte, teremos infinitos exemplos cinematográficos que discordam da afirmação anterior, pois carregam ideologias, têm uma estética deteriorada, com informação redundante e unilateral (a informação segue apenas um sentido do processo comunicativo, o receptor apenas recebe a mensagem sem contestá-la). No entanto, não podemos enquadrar, por exemplo, "Tempos Modernos" de Charles Chaplin fora da noção de arte.

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